Branding fraco custa 23% da receita anual de empresas
A falta de uma estratégia de branding bem definida custa caro para empresas, que podem perder uma média de 23% da receita anual por falhas de reconhecimento e alinhamento da marca, segundo a pesquisa "State of brand consistency", realizada pela Lucidpress. Este erro ocorre porque a falha na gestão de marca e a falta de coerência nas campanhas impedem que as companhias se consolidem no mercado, investindo em marketing sem a base do branding. A gestão da marca é o ponto de partida para qualquer empresa que queira se destacar de seus concorrentes.
A diretora criativa Julay Barretti, da BAOBÁ FULL AGENCY, reforça que começar ou escalar um negócio sem uma estratégia de branding bem definida é um grande equívoco. Ela explica que o branding é a base para o posicionamento, o propósito e a identidade visual e verbal de uma marca. Sem esses elementos, não é possível criar campanhas de marketing eficazes, pois faltará a coerência e a direção necessárias para comunicar o que a marca realmente representa.
O poder de um branding sólido é comprovado por marcas globais. Empresas como Apple, Coca-Cola e Nike demonstram que o investimento consistente em marca constrói um legado que transcende o produto, vendendo inovação ou superação, por exemplo. De acordo com um estudo da Harvard Business Review, companhias que investem em branding de forma contínua apresentam um desempenho 2,5 vezes melhor em crescimento de receita do que aquelas focadas apenas na geração de leads.
A pesquisa "State of brand consistency" também aponta que a gestão de marca, quando constante, pode gerar uma aceitação muito melhor de novos produtos e serviços, sendo este o caminho para evitar que o custo com marketing se torne alto e insustentável.
Julay Barretti detalha como essa ineficiência se manifesta nas campanhas: "A falta de um posicionamento claro leva à atribuição incorreta de orçamento e recursos. Campanhas que pulam a fase de branding investem em ações desalinhadas, sem a proporção ideal de mensagens nas diferentes etapas da jornada do cliente".
Segundo a diretora, os investimentos em marca e conexão emocional (topo de funil) continuam relevantes, mas precisam ser combinados com comunicações claras sobre o produto (meio de funil) e, finalmente, com os investimentos de mídia de performance (fim de funil). O uso de inteligência artificial e automação se torna crucial para medir e alocar esse orçamento de modo dinâmico, digital e offline, com base em fatos e comportamentos em tempo real, evitando que o Custo de Aquisição de Cliente (CAC) se torne alto.
"A falta de uma base sólida de branding afeta todo o ciclo de vida da empresa, desde a atração de novos clientes até a fidelização. É um investimento que traz retorno a longo prazo, mas que precisa ser feito desde o início. Economizar no branding pode até parecer eficiente no curto prazo, mas te custa caro quando você percebe que está no caminho errado", finaliza Julay Barretti.